No último dia 16 de outubro foi comemorado o centenário de nascimento de Franklin Cascaes e lembrei dum causo que ocorreu comigo em 1999, enquanto fazia parte do conselho editorial da revista Poité e fui encarrego de colocar os números anteriores da revista na rede. Meu trabalho era digitalizá-las; aplicar o OCR; revisar e publicar no antigo site da Poité. Decidimos que apenas alguns artigos seriam publicados na rede, entre eles um sobre Franklin Cascaes intitulado O conflito entre o ingênuo e o realismo fantástico na obra de Franklin Cascaes – uma primeira visão, por Evandro André de Souza. Naquela época os programas de OCR ainda eram muito antiquados e o resultado final não ficava muito bom. Assim, quando o programa tentou interpretar a legenda da segunda imagem do artigo, a frase “Viagem bruxólica à Índia” acabou se transformando em “Vingom braxólkcu k fndiu”. Fiquei intrigado com aquela combinação de caracteres, e registrei-a em um bloco de notas. Continuei o trabalho e esqueci da anotação. Alguns dias depois, revisando minhas anotações, encontrei aquela estranha frase e não consegui lembrar de imediato do que se tratava. Foi então que tive a idéia para o conto Evidências, que publiquei aqui no Bruxismo algum tempo atrás, onde conto a história da autópsia do Vingom. Mais tarde, em 2005, em parceria com o quadrinhista E. C. Nickel, Evidências foi adaptado para os quadrinhos junto com mais alguns de meus contos em um álbum de pouco mais de 50 páginas. Não sei se o conto ou a HQ têm alguma relação com a obra de Franlkin Cascaes, mas sem dúvida, não existiriam sem este incidente.
Fodalhástico Aleph. Muito legal, e os desenhos do E.C.Nickel, muito bons. O cara é clássico. Linha Alex Raymond, que já nos deu caras como o saudoso Colonese. Eu havia visto de relance no fim de uma das aulas.Quero ver os outros.
Tua pesquisa pesquisa sobre o Cascaes é ecologia cognitiva…”Não são apenas plantas e animais que estão desaparecendo da face da terra é um – ou vários- tipos de humanos também. O Franklin é alguém que procura dar forma plástica ao fantástico. Quando faz isso ele condena a vivência ao contemporâneo e vira ostracismo…