A previsão é que logo será quase impossível andar de automóvel em Florianópolis, e o transporte coletivo se tornará a saída mais imediata, já que não temos metrô ou outras saídas mais futuristas, como o teletransporte. Por isso convém passar aos marinheiros de primeira viagem estas breves dicas sobre este magnífico veículo.
Das informações – O cobrador, também conhecido como trocador, não deve ser repetidamente incomodado com perguntas como: “que horas o ônibus sai?”; “ele passa em tal lugar?”; “quanto é a passagem?”. Para isso temos o quadro de horários; o itinerário do ônibus e o valor da passagem, que geralmente está estampada em um quadro bem atrás do cobrador.
Do monopólio das janelas – O ônibus, também chamado de coletivo, deve ser tratado como tal. A janela que está logo acima da sua poltrona não é apenas sua, por isso não é correto fechá-la ou abri-la, dependendo do seu frio ou calor. Consulte antes os seus vizinhos de poltrona e os que estiverem em pé.
Da higiene pessoal – A sua higiene pessoal diz respeito apenas a você mesmo, a não ser quando começa a incomodar quem está ao seu lado. Principalmente no inverno, com todas as janelas fechadas, o coletivo é uma mistura de cheiros e perfumes dos seus ocupantes. Entre os animais, os predadores encontram as suas presas através do seu cheiro. Entre os humanos, existem momentos específicos para utilizar o cheiro como elemento da caçada e nem sempre o ônibus é o melhor local para isso.
Do equilíbrio – Aquelas barras de ferro no interior do ônibus servem para os passageiros se segurarem e não para reforçar a estrutura do mesmo. O veículo arranca, acelera e freia durante todo o trajeto. A melhor coisa a fazer, quando você estiver em pé, é segurar firme em uma destas barras, para se proteger e também evitar cair no colo de outra pessoa quando o ônibus fizer alguma manobra brusca.
Dos locais de parada – Diferente de um táxi, que pára onde você quiser, o ônibus de linha normal tem locais específicos para recolher e deixar os passageiros. Por isso não fique indignado se ele não abrir uma exceção para você. Todos têm pressa, todos querem chegar na hora e todos querem atenção especial.
(publicada no Plural do Notícias do Dia, 28/6/08. p.3)
sabe as barras de ferro? minha mae chama de puta merda. Isso é expressao de manezinho ou é so coisa da minha mae?
Samanta, puta merda é usada no Brasil todo.
Ao, excelente post!
[]s
Guedo
Bem, só falta o ‘nome’/trajeto do ônibus estar estampado no lado e atrás da carrocereia para que, fora dos terminais, possamos saber se vale a pena ou não correr pra pegar o ônibus, ou, pelo menos, saber se perdemos ou não o ônibus que nos interessava. Esses detalhes são coisas que jamais me acostumei em Florianópolis, coisas tão simples e tão úteis. Lembro que no Rio era assim e aqui em BH também é, pelo menos, na lateral do ônibus.
Só discordo da parte de incomodar o cobrador. Se ainda fosse o motorista. O cobrador é quase um relações publicas do meio rodoviário. Acho que eles iam ficar até deprimidos se deixassemos de perguntar essas coisas.
excelentes dicas!
Quando eu era menor, eu chamava de puta-merda aquele pegador de couro que tinha no teto do fusca, no banco de trás, sabe?
Tens razão Véras, isso é trabalho do cobrador mesmo, mas é que eu percebo como eles ficam de saco cheio de responder sempre as mesmas perguntas, uma vez atrás da outra.
Valeu a visita e os comentários Dom Dieguito.