Lembro lá nos anos 90, quando apareceram finalmente aqui pelo Brasil os códigos de barras. No início era um luxo para algumas grandes marcas e depois se tornou obrigatório a sua adoção por todas as empresas. E facilitou muito a vida dos caixas, que antes precisavam digitar o valor de cada mercadoria. A utilização efetiva do sistema começou nos EUA às 8:01 a.m. de 26 de junho de 1974, com um cliente que comprou um pacote com 10 chicletes Wrigley. Esta embalagem ficou famosa e hoje está exposta no Museu Nacional da História Americana do Instituto Smithsonian. Atualmente, mesmo no Brasil, qualquer “vendinha” utiliza o código de barras dos produtos para poder registrar e somar o total das compras.
O sistema foi sendo aperfeiçoado e surgiram os códigos de matriz, que podem armazenar mais informações e até mesmo textos. Entre eles, o mais difundido atualmente é o QR Code, um sistema criado pela empresa japonesa Denso-Wave em 1994. O sistema foi inicialmente criado para rastrear os componentes de veículos em linhas de fabricações de automóveis, mas atualmente são utilizados de forma bem mais ampla. Por exemplo, muitas propagandas impressas em revistas vêm acompanhadas de um pequeno QR Code com o endereço do site do anunciante. O leitor, armado com um celular com câmera fotográfica (o que não é muito difícil hoje em dia) pode fotografar a imagem do QR Code impressa e o celular, equipado com um software específico, que pode ser baixado na web neste endereço, interpreta o código automaticamente e visita o website da empresa anunciante. Este é apenas um dos usos do sistema, que é considerado uma interface entre o mundo físico e o digital. O código pode guardar vários tipos de informações, desde o preço das mercadorias, que é o uso mais comum, até endereços de sites, e-mails, telefones e mesmo trechos de texto. Por exemplo, o último parágrafo deste post é representado pelo QR Code ali acima, à esquerda. Se você tiver um celular correto poderá transferir o texto acima automaticamente para ele, já em forma de caracteres e editáveis. Para fazer esta conversão, utilizei o QR-Code Generator.
E o uso não para por aí. A “beleza” visual do caiu no gosto dos geeks e já existem até cachecóis tricotados que mostram QR Codes junto com os monstrinhos do Space Invaders. Uma colaboração entre os designers e pixel-tricotadores de roupas da Office Lendorff e os entusiastas de celulares da suíça Kaywa.